sexta-feira, 13 de abril de 2007

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Qualquer coisa que eu dissesse agora, seria inútil.
O outono chegou eu eu estou aqui a sentir os cheiros
e a ouvir os sons de uma nova estação
que me traz a sensação de infância.
Continuo escrevendo cartas e continuo questionando
o que há de mais estranho em mim:
a insistente manis que querer,
e sonhar
e ser.

Os dias amanhecem mais tarde
e a noite vem me encontrar mais cedo.
Os ciclos são repetitivos, eu sei, mas eles nos
dão uma segurança ímpar.

Sei que houve um tempo em que as pessoas
acreditavam que nada jamais mudaria,
que as coisas seriam sempre as mesmas,
numa seqüência cinza e branca...
e elas se enganaram, também sei disso.
No entanto, costumo duvidar de grandes mudanças
benfazejas em minha vida.
Talvez duvide porque sou pequena demais
para me agigantar diante de meus receios.
Não sei.
Também isso eu não sei.

Hoje, me parece este o ponto mais forte: não saber.
Acredito que pode ser a chave de mim mesma
o fato de eu nada saber.
Pelo menos, sempre me deu impulso para ir atrás e descobrir.

Ainda escrevo cartas, mesmo nos dias de sol.
Escrevo porque me procuro em minhas palavras.
Escrevo, porque me encontro nas entrelinhas
muito mais do que no espelho.



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