terça-feira, 16 de janeiro de 2007

16 de janeiro de 2007

Há uma espécie de repetição em minha poesia.
Ela persegue alguns pensamentos e sentimentos que me dominam, por ora.
É forte o que sinto, quando sinto.
Então, fico assim, sentada à escrivaninha e não sei exatamente a quem me dirigir, enquanto escrevo cartas que me desnudam.
Talvez eu deva mesmo escrever ao vento, nesta noite que me parece estar tão necessitada dele.
O calor intenso parece sufocar qualquer vôo.
Minha pele se recente e transpira.
Desejo o movimento das cortinas e minha garganta está seca.
Bebo água e saio de mim ao primeiro gole, porque minha mente me leva para junto do mar, onde há uma brisa eterna.
Enquanto a água me sacia a sede, a lembrança do mar me deixa um tanto mais inquieta.
Coitada de minha poesia. Eu escrevi há pouco que ela persegue...mas, ela não persegue coisa alguma!
Por Deus, não!
De fato, ela é perseguida, isto sim.
Por meus sentimentos sempre tão conflitantes e desavisados.
Quando eu me dividir em muitas sementes,
quero nascer como uma espécie de planta que armazena água.
Sede não é bom de sentir.
Aglaé
***

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