Hoje eu lanço a minha voz ao vento, se bem que a noite
está em perfeita calmaria.
Acho que sei como se sentem os navegadores.
De qualquer maneira, lanço o que há para ser dito,
o que precisa sair de mim,
feito fel, se é que me entende,...que precisa ser destilado.
Aboli meus medos há algum tempo,
mas há uma correria aqui dentro de mim com relação a eles que chego a tropeçar nas tentativas todas.
Algumas, bem sei, restaram inúteis.
Outras, foram e são vencedoras.
Brilham e agem.
E é sobre essas que eu quero me derramar.
A cada cinco palavras sinto, agora, um pouco de vento.
Vem so sul, mas não me parece com aqueles que trazem chuva.
A noite está quente e meus medos dormem ali, na calçada.
Querem olhar para a Lua - é quarto crescente e eu ainda agradeço por não minguar.
Mais um dia.
São dez horas.
Tudo calmo.
Tudo bem.
*
Nenhum comentário:
Postar um comentário